
Em janeiro, a Anatel promoveu uma uniformização dos critérios de contabilização dos acessos móveis. Com a revisão e as adições líquidas no trimestre, a banda larga móvel chegou a 52 milhões de acessos, entre aparelhos celulares e terminais de dados (modems), no trimestre. Dados mais recentes, do mês de abril, indicam que este número já atingiu 54,3 milhões ou, aproximadamente, 28% de penetração da banda larga móvel no Brasil.
Projeções da Teleco apontam que o Brasil deve terminar 2012 com 73 milhões de acessos de banda larga móvel, alcançando 124 milhões de acessos em 2014, ano em que o país sediará a Copa do Mundo.
O estudo mostra também que, no 1º trimestre de 2012, metade dos 5.565 municípios brasileiros estava atendido por banda larga móvel, equivalendo a 85% da população coberta, número já superior à meta estabelecida pela Anatel para 2016. No período, 258 novos municípios, que compreendem 4,1 milhões de pessoas, começaram a ser atendidos por este serviço.
Outro dado relevante é o contínuo aumento da participação de 3G no total de celulares do Brasil que atingiu 20,3% da base e, pela primeira vez, a quantidade de acessos GSM em números absolutos caiu de 199,5 milhões em dezembro de 2011 para 197,5 milhões no final de março deste ano.
A receita de dados continua a crescer aceleradamente, registrando aumento expressivo de 44,2% entre 1T11 e 1T12, estimulado pelo aumento da venda de smartphones. A receita de voz também continua crescendo: a taxa foi de 8% na comparação entre os mesmos períodos acima. Porém, a expectativa é de menor participação de voz no total da receita das operadoras ao longo do tempo, fazendo os serviços de dados cada vez mais importantes como fontes de crescimento.
Quanto aos planos de serviço oferecidos pelas operadoras, no pós-pago, todas estão cobrando por volume de dados. Em geral, ao consumir a franquia de dados o usuário continua com acesso ao serviço, mas com uma velocidade reduzida. Planos pré-pagos também estão sendo oferecidos por todas as operadoras; algumas adotaram pacotes de dados por dia, por semana, por quinzena ou por mês.
A média de preços no Brasil para pacotes de 500 MB, 1 e 2 GB está muito acima dos valores praticados em outros países. A carga tributária e a taxa de câmbio afetam esta comparação.
Banda larga fixa
O balanço indica ainda que, com 16,5 milhões de acessos fixos ao final de 2011, o Brasil é o 9º país em quantidade de banda larga fixa no mundo. Mas com a densidade de 8,8 acessos por 100 habitantes, ainda está muito aquém da média dos países desenvolvidos (25,7 acessos por 100 habitantes) e também da China que dispõe de 11,6 acessos de banda larga fixa a cada 100 habitantes.
Em 2011, praticamente todas as sedes dos municípios brasileiros estavam atendidos por banda larga fixa e as projeções estimam que este serviço deve continuar crescendo a uma taxa média anual de 20%, atingindo 20 milhões de acessos em 2012 e 30 milhões em 2014.
Também há alguns números mundiais do HSPA+ e LTE, as tecnologias que estão viabilizando o aumento da velocidade e capacidade das redes 3G atuais. Ao final do 1º trimestre, 200 redes no mundo eram HSPA+, o que representavam 43,8% do total das redes 3G.
Em abril, já existiam 81 redes LTE em operação comercial, distribuídas em 41 países. Os terminais LTE já contabilizam 16,2 milhões, sendo 18% smartphones entre os dispositivos comercializados com esta tecnologia.
Enquanto isso, no Brasil, as operadoras preparam-se para o leilão do espectro de 2,5 GHz, que deve ocorrer em junho. A expectativa é que os alvos de maior disputa sejam as 4 faixas FDD (transmissão e recepção em frequências distintas, como já ocorre hoje no 2G e 3G) para a implantação do 4G com cobertura nacional. Aos vencedores caberão os compromissos de atendimento das sedes da Copa das Confederações (abril de 2013), das sedes e subsedes da Copa do Mundo (dezembro de 2013) e, posteriormente, as capitais e outros municípios ao longo dos anos.
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