por @Fernanda Salem - Mundo do Marketing
O primeiro é a questão da mensagem, que deve ser tão importante
quanto a presença em um canal. Um ponto positivo para o Brasil é que as
marcas brasileiras estão à frente das globais na criação de conteúdos
específicos para as redes sociais, com 36% contra 28%.
"O fato de termos um bom resultado em relação ao conteúdo específico
para as mídias sociais mostra que estamos atentos à realidade do nosso
público, já que os brasileiros usam muito as redes sociais. O ponto mais
importante, no entanto, é se este conteúdo é relevante", diz Schultz.
Para atingir a relevância é preciso especificar ainda mais. Em
primeiro lugar, deve-se identificar uma audiência qualificada,
diretamente associada ao negócio da empresa, para criar a interação.
Também é importante construir um projeto editorial para cada mídia, sem
copiar informações do Twitter para o Facebook, por exemplo. Já o
principal ponto, e mais desafiador, é ir além dos concursos, eventos e
da notícia broadcasting, puramente de divulgação. O ideal é dizer algo
interessante para a sociedade e sobre os assuntos atuais, e não apenas
sobre a empresa.
Coloque sua marca em movimento
A segunda dica é espalhar a presença da marca pelas redes sociais, utilizando o maior número possível de canais, mas sempre com um plano definido por trás. Neste caso, a presença brasileira está bem próxima dos resultados globais, mostrando novamente que a questão não é estar nas plataformas, mas sim o conteúdo gerado. O Twitter obtém um destaque no país, com 64% de uso contra 58% das respostas globais.
A segunda dica é espalhar a presença da marca pelas redes sociais, utilizando o maior número possível de canais, mas sempre com um plano definido por trás. Neste caso, a presença brasileira está bem próxima dos resultados globais, mostrando novamente que a questão não é estar nas plataformas, mas sim o conteúdo gerado. O Twitter obtém um destaque no país, com 64% de uso contra 58% das respostas globais.
"O Twitter teve um grande boom no Brasil, até pela facilidade de
criar um perfil da empresa no canal. Mas este número pode não mostrar a
realidade, já que várias marcas acabam deixando seus perfis
desatualizados. Houve uma corrida para se estar presente no Twitter, mas
muitos não identificaram quem querem atingir ou o que falar para os
seguidores", afirma Schultz.
Um ponto menos dominado pelo Brasil é a atuação das marcas em
aplicativos móveis: o resultado foi de 48% de presença contra 54% das
globais. "O receio em relação ao retorno sobre o investimento no mobile é
muito grande no Brasil. Inclusive porque ainda é arriscado apostar nos
aplicativos, já que a banda larga é ruim e os smartphones são caros,
atingindo pouca gente. Analisando o mercado, podemos apostar que esta
realidade mudará em breve. Com os incentivos do governo, a banda deve
melhorar e muito em breve os aparelhos terão uma grande queda de preços.
Tenho certeza de que, se fizéssemos esta pesquisa daqui a dois meses, a
resposta seria diferente", afirma Schultz.
Integre ou morra
Para evoluir na gestão de reputação da marca, as empresas devem principalmente integrar o trabalho com as mídias sociais a todas as áreas, e não restringi-las a apenas um departamento da empresa. O estudo mostrou que já existe uma importância em relação a este ponto, já que 69% dos executivos brasileiros afirmaram que a estratégia é parte do planejamento geral de Comunicação e Marketing.
Para evoluir na gestão de reputação da marca, as empresas devem principalmente integrar o trabalho com as mídias sociais a todas as áreas, e não restringi-las a apenas um departamento da empresa. O estudo mostrou que já existe uma importância em relação a este ponto, já que 69% dos executivos brasileiros afirmaram que a estratégia é parte do planejamento geral de Comunicação e Marketing.
O próximo desafio, e a terceira dica, é que as empresas levem as
mídias sociais à organização como um todo, para além destas duas áreas.
"Ainda existe um longo caminho à frente em relação à integração. É
preciso que a estratégia esteja na base do plano de negócios e que
permeie toda a empresa. Para evoluir, devemos parar de pensar nas mídias
sociais apenas como uma ferramenta de Marketing e vê-las como parte
integrante do negócio", diz Schultz.
O quarto ponto proposto pelo estudo reforça a importância de
estruturar internamente a companhia para trabalhar com as mídias
sociais. É preciso integrar, mas também é importante designar um núcleo
que trabalhe diretamente com os canais e coloque o social no centro.
Neste quesito, o Brasil teve um resultado positivo. Mais da metade dos
executivos brasileiros (51%) respondeu que a gestão interna das mídias
sociais é coordenada por um departamento e 76% afirmaram que a marca tem
um estrategista ou gerente de mídias sociais.
Ouça mais, fale menos
O quinto ponto é que as marcas aprendam com o conteúdo e levem este
aprendizado a uma ação para melhorar seus produtos ou serviços. É
importante publicar, mas monitorar é mais ainda. "É preciso dar a
importância correta às mídias sociais e correr alguns riscos. A
estratégia está acertada quando uma empresa percebe uma demanda nas
redes e leva para uma ação, como modificar um produto ou um serviço",
diz Schultz.
Segundo o levantamento, 43% dos executivos brasileiros pesquisam e
monitoram seus perfis para saber o que os clientes esperam da marca,
contra 30% da média global. Em relação a mudanças, 37% afirmaram que já
realizaram alterações em algum produto ou serviço baseadas em
comentários nas mídias sociais, contra 26% no geral, e 33% dos
brasileiros já mudaram uma mensagem da marca a partir de atitudes
percebidas na internet, número também mais alto do que a média global,
de 27%.
O sexto passo é a mensuração da estratégia. Dos executivos
brasileiros, 100% responderam que medem a efetividade das mídias
sociais, contra 98% a nível global. "Se uma empresa realiza alguma ação
ela tem números. O fato de todos os executivos terem afirmado que medem a
efetividade da estratégia nas mídias sociais não é necessariamente um
sucesso. O que se faz com estes números, qual a relevância do número de
likes?", provoca Schultz. O número de likes é realmente o principal
método utilizado para medir as iniciativas nas redes, com 40% das
respostas. Em segundo lugar, com 39%, está a quantidade de fãs.
Pense global
O sétimo ponto que o estudo sugere é que é mais importante pensar globalmente, em relação a ações nas mídias, do que localmente. Este fator ainda não adquiriu importância para os brasileiros, que o consideram o menos significativo.
O sétimo ponto que o estudo sugere é que é mais importante pensar globalmente, em relação a ações nas mídias, do que localmente. Este fator ainda não adquiriu importância para os brasileiros, que o consideram o menos significativo.
O tema do oitavo passo é o mesmo: conte com o apoio de fora. Neste
caso, tanto as empresas nacionais quanto as internacionais têm pouca
ajuda de fora na gestão das mídias sociais. Apenas 27% dos brasileiros e
25% dos globais usam um fornecedor externo para medir a efetividade.
Por último, a dica para as marcas é que estejam alertas para mudanças
nas redes sociais como um todo. Em relação ao Facebook, as questões de
privacidade são as principais preocupações para 39% no Brasil e 31% no
mundo. Outro ponto é saber gerenciar uma crise e responder a críticas
negativas. "Nacionalmente, temos o costume de usar as redes sociais de
maneira agressiva, muito para reclamar das empresas. É preciso estar
preparado para ouvir, analisar, responder e melhorar", diz Schultz.

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