Durante muitos anos, a Kodak
e a Fujifilm disputaram o mercado mundial de fotografia palmo-a-palmo. A
rixa, no entanto, diminuiu quando as duas companhias perceberam que o
negócio de filmes fotográficos já não era mais tão atraente. Apesar da
mesma percepção, as rivais optaram por trilhar caminhos diferentes e o
veredito de quem fez a escolha certa saiu nesta semana.
A Kodak precisou pedir concordata para reestruturar seus negócios nos Estados Unidos.
A companhia precisa de quase 1 bilhão de dólares para se reerguer. Já a
Fujifilm planeja somar uma receita de cerca de 30 bilhões de dólares
neste ano e aumentar seu lucro em mais de 30%.
O sucesso da companhia japonesa, no entanto, foi traçado muitos anos
atrás, quando preferiu buscar alternativas antes de sucumbir em mercado
decadente – ao contrário da sua rival, que sempre mostrou uma confiança
excessiva no mercado de filmes fotográficos, ignorou a força das
máquinas digitais (que ela mesma inventou) e nunca imaginou enfrentar a
atual crise em que está envolvida agora.
Veja, a seguir, as principais razões que garantiram o sucesso da Fujifilm:
Não esperou o barco afundar
Diferente da Kodak, a Fujifilm começou a deixar o mercado de fotografia
de lado muito antes dele se tornar obsoleto. Mesmo com a chegada da
fotografia digital, a empresa decidiu não apostar todas as suas fichas
em um único negócio e começou então a diversificar sua receita. Hoje,
apenas 1% do faturamento da Fujifilm vem do segmento de fotografia.
Diversificou seus negócios
Dentre as apostas da companhia, estão os segmentos de telas de LCD para
televisores, computadores e outros aparelhos eletrônicos, de
equipamentos médicos, medicamentos e até cosméticos.
Aproveitou o conhecimento que já possuía
Para desenvolver filmes fotográficos, a Fujifilm precisava lidar uma
diversidade de produtos químicos. Com bastante conhecimento nessa área, a
companhia decidiu usar a experiência e passou a desenvolver outros
produtos que levassem os mesmos componentes químicos que ela já sabia
manusear. Recentemente, a companhia lançou um produto de beleza que usa o
mesmo componente dos filmes fotográficos, por exemplo.
Cortou custos
Para chegar à posição que está hoje, a Fujifilm precisou de muito
planejamento e cortes de custo. No ano 2000, a companhia anunciou uma
redução de gastos de mais de 2,5 bilhões de dólares. A decisão visava
reestruturar os negócios da empresa. Na mesma época, a Fuji reduziu o
número de funcionários para voltar à rentabilidade.
Soube investir
Como decidiu apostar em novos negócios, a Fujifilm não dependeu apenas
do crescimento orgânico para avançar no mercado. Desde o ano 2000, a
companhia já investiu mais de 8 bilhões de dólares em aquisições. A mais
recente foi anunciada no final do ano passado, quando a empresa
japonesa comprou, por 1 bilhão de dólares, a SonoSite, fabricante
americana de equipamentos médicos.
Fonte: www.exame.com.br

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