Em tempos de investimentos massivos em publicidade nas redes sociais,
o e-mail ainda consegue resistir como ferramenta de marketing para
produtos e serviços de empresas globais. Os gastos mundiais com
ferramentas de e-mail marketing devem passar de US$ 1,3 bilhão, valor
registrado em 2010, para cerca de US$ 2 bilhões em 2014, segundo dados
da consultoria Forrester Research.Os investimentos são menores do que os
feitos em publicidade em sites como Facebook, Twitter ou Google+ - em
anúncios laterais ou posts pagos, por exemplo-, de US$ 5 bilhões,
segundo a Deloitte. Mas o crescimento do e-mail marketing ao longo dos
próximos dois anos mostra que a ferramenta não está morrendo com a
ascensão desses sites, como era previsto.
"Com o crescimento da comunicação entre marcas e consumidores nas
redes sociais, muitos acreditaram que o e-mail marketing iria morrer,
mas isso não acontecerá tão cedo", diz Adrian Drury, da consultoria
britânica Ovum. Segundo o especialista, a principal explicação está no
fato de que a publicidade em redes sociais é mais utilizada para atrair
consumidores para o primeiro contato com a marca, enquanto o e-mail
marketing é usado para manter o relacionamento já criado entre empresa e
cliente. A rentabilidade é outro ponto a favor do e-mail marketing.
Números globais da Direct Marketers Association mostram que para cada
dólar investido na ferramenta --algo em torno de R$ 1,95--, há retorno
de US$ 44,25 (R$ 86) em novas vendas. No Brasil, o custo de envio de
cerca de 100 mil mensagens por mês é de R$ 700, segundo a empresa
paulistana de marketing digital Akna.
INTERNET EM ALTA
O e-mail marketing é ainda mais forte em mercados onde a internet e o
comércio eletrônico estão em fase de amadurecimento. Nesses países, ele
assume a forma de "porta de entrada" para as lojas virtuais, ao lado de
ferramentas de busca. Em novembro, no Brasil, o e-mail marketing gerou
9,3% do tráfego de todas as lojas virtuais e sites de classificados,
segundo dados da Serasa Experian e da Hitwise - crescimento de 27%.
Nesse mesmo período, as redes sociais foram responsáveis por 8,6% do
tráfego, alta de 18,2%.
Nos Estados Unidos, onde as vendas virtuais já estão consolidadas, as
redes sociais superaram o e-mail marketing, com 7% de participação no
tráfego, ante 6,6% do e-mail marketing, segundo as mesmas fontes. "O
e-mail mantém a característica de ser o contato privado entre empresa e
consumidor. Nem sempre o usuário do Facebook está disposto a curtir uma
página de um produto que comprou e mostrar isso para todos os seus
amigos", diz Juliano Marcílio, presidente da unidade de serviços de
marketing da Experian na América Latina.
Fonte: FolhaOnline

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