“Top of C. Marcas do Coração da Nova Classe Média Brasileira”, este é o título da pesquisa realizada pelo instituto de pesquisa Data Popular e pela revista Consumidor Moderno, que revelou a marca “mais amada” pela classe consumidora que impulsiona a economia brasileira: a classe C.
“Qual é a sua marca do coração?”, esta simples pergunta norteou toda a pesquisa realizada no segundo trimestre de 2012 com 22 mil entrevistados de todo o país. Homens e mulheres maiores de 18 anos. A incrível constatação foi que 46% dos consumidores da classe C disseram não ter uma “marca do coração”.
Para Roberto Meir, publisher da revista consumidor moderno, isso não é motivo de espanto. “O consumidor da classe C realmente não tem marca, ele compra valor e não preço”.
E como comentou Renato Meirelles do Data Popular, “aí está o 50% dos investimentos publicitários que as agencias dizem não saber pra onde vai”.
O ineditismo da pesquisa apresentada revela que as marcas premiums estão na frente do gosto do consumidor da classe C. Atrelado há uma grande oportunidade para fidelizar este cliente emergente, já que os números revelaram que este consumidor se preocupa mais com a qualidade do produto consumido, do que com o menor preço.
“Constatamos também que só a lembrança de uma marca, ou seja, uma boa propaganda, por exemplo, não serve para conquistar este consumidor. Ele procura algo mais. Neste caso qualidade”, ressaltou Meirelles.
Um bom exemplo esta no recorte geral da pesquisa que apresentou como primeira marca “mais amada” pela classe C a Nestlé, seguida de Samsung, Adidas e Nike. No setor automobilístico, que representa R$ 56,0 bilhões gastos pela classe C, ficou a Fiat, seguida da Volkswagen e Chevrolet.
“Isso revela que o custo do erro para a classe média é maior do que para a elite. Ela não pode se dar ao luxo de perder dinheiro no momento da compra. A preferência por uma marca premium e a certeza de que a qualidade do produto não lhe trará arrependimentos futuros”, afirmou Mierelles.
Meir reforça: “No caso das montadoras, fica claro que o reposicionamento da Fiat, trazendo a marca para mais perto do consumidor, com modelos mais simples, mas sem abrir mão da qualidade, comprova a estratégia de ‘abrasileirar’ seu produto”.
A comunicação também é outro grande erro para algumas marcas, segundo Meir: “As marcas devem parar de importar modelos de propaganda de fora, que buscam catequizar o consumidor. O novo consumidor brasileiro quer uma marca como parceria dele. A Natura foi uma delas que sempre apostou nessa identidade brasileira e hoje esta aí, a mais querida quando o assunto é cosmético”.
Realmente no setor de cosméticos a classe C, sozinha, movimenta R$25,5 bilhões e a Natura é primeira marca “mais amada”, seguida de O Boticário e Avon, segundo a pesquisa.
Mais do que apresentar números e preferências esta pesquisa - que você poderá conferir completa, com todos os detalhes e entrevistas exclusivas na próxima edição da Revista Consumidor Moderno – deixa claro que o maior ativo da nossa economia, o consumidor da classe C, está cada vez mais consciente e disposto a consumir mais, e o melhor do nosso mercado.
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